quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Petit post : loja Nespresso na rue Tronchet

Hoje, saindo do trabalho, eu tinha que passar na Fnac e também na loja da Nespresso para comprar as capsulas de café que mantém os meus colegas acordados. (Como eu sou uma das unicas pessoas do meu departamento a morar em Paris mesmo, e ainda por cima em um lugar com lojas da Nespresso não muito longe, e como eu sou também uma pessoa legal, eu aviso meus colegas quando vou passar por perto da loja e eles me fazem as encomendas). Normalmente vou à loja que fica ao lado da Opera Garnier, mas outro dia passei na frente de uma nova loja na rue Tronchet e resolvi passar nesta, que imaginei seria um pouco mais vazia que a da Opera.

E eis que me deparo com uma loja toda modernosa, V-A-Z-I-A, e com um conceito diferente das outras lojas Nespresso: ali, o esquema é "self-service". As caixinhas estão espalhadas em distribuidores em todas as paredes. Você pega a sua sacolinha, vai puxando as caixinhas (que são imediatamente substituidas por uma nova, em um sistema automatico) e colocando na sacola, e depois passa em um caixa também automatico. Basta colocar sua sacola dentro da maquina, que vai ler magneticamente os produtos que você selecionou (tem um chip nas caixinhas), apresentar para sua validação na telinha e fazer a soma. Você então saca o seu cartão, insere na maquina, coloca a senha, pagou, merci, au revoir.

Fonte: blogs.lesechos.fr/echosconso
Adoro coisas modernas! Principalmente quando elas me fazem ganhar tempo e evitar filas, porque sai da loja feliz e saltitante com meus cafés em menos de 5 minutos, enquanto na loja da Opera, é impossivel pegar uma fila de menos de 15 minutos. Recomendo!

P.S. Post sem acentos hoje (tirando o "é" e os "^", que são os unicos disponiveis no meu teclado) porque estou com preguiça de fazer todas as manipulações informaticas que tenho que usar para escrever em português decente.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Quem não tem cão, caça com gato. Ou : desde quando eu acompanho a Copa do Mundo de Rugby

Não sei se no Brasil a Copa do Mundo de Rugby está sendo noticiada, mas não duvido nada que a maioria dos brasileiros não façam nem ideia de que 1) isto existe 2) a edição 2011 está acontecendo desde setembro na Nova Zelânida e 3) a França está na final, domingo, contra os donos da casa.

Pois é, minha gente, eu estou por dentro da Copa do Mundo de Rugby. Os jogos são de final de semana, e como são na Nova Zelândia, com o fuso horário, acontecem no início da manhã aqui na França. Então eu inclusive andei não dormindo até meio-dia de sábado para ver a França jogar. Nas quartas de final, contra a Inglaterra, rolou até um “english breakfast” com os amigos aqui em casa, para assistir ao jogo. Enfim, acho que estou sentindo falta de acompanhar o Campeonato Brasileiro, jogos da Seleção e coisas do tipo, então estou transferindo o gosto por futebol (não sou fanática, mas sempre gostei e acompanhei um pouco) para o rugby. Porque campeonato de futebol francês não dá, né, e aquela seleção deles então, melhor nem falar...

Rugby é um esporte um tanto esquisito e bem complicadinho : no começo eu não entendia patavinas, agora estou entendendo um pouco mas ainda não consigo explicar. O básico é: passes (com a mão), só na mesma linha ou para trás. Para a frente, é só no chute e correndo com a bola na mão, até você ser bloqueado por uns 5 trogloditas. Um chute que passa por cima daquelas traves gigantes vale 3 pontos. Carregar a bola até o fundo do campo do adversário (passar a última linha e colocar a bola no chão) vale 5 pontos e dá direito a um “chute a gol” que vale mais 2 se passar. Agora difícil é entender quando é falta, quando não é, porque entre os bloqueios de tudo quanto é jeito, e os passes que sei lá eu se foram para frente ou para trás (muito pior que a regra do impedimento no futebol!), eu confesso que me perco. Mas acho divertido de assistir.

O que acho interessante também no rugby é saber que aqueles jogadores enormes, parecendo uns trogloditas, são admirados aqui na França porque se preocupam com o espírito de equipe, o valor do esporte, a honestidade. No rugby, é raro ver faltas maldosas, jogadores simulando falta, xingamentos e briguinhas desnecessárias, como a gente cansa de ver no futebol. Na França, o rugby é um esporte muito popular no sudoeste, mas no momento o país inteiro está ligado na Copa do Mundo. O “XV de France”, como é chamada a equipe (XV = 15 = número de jogadores) chegou na final meio que aos trancos e barrancos, mas chegou e é isso que importa. Para o jogo de domingo, eles são os azarões, se ganharem vai ser zebra total, já que a Nova Zelândia, além de ser a dona de casa, tem um time muito forte. A seleção da Nova Zelândia é conhecida como “All Blacks”, porque o uniforme deles é preto. E eles são mundialmente famosos por fazerem antes do início do jogo o “haka”, uma dança com origem nas tribos das ilhas do Pacífico Sul e que serve para impressionar o adversário. E olha, impressiona mesmo :



Vamos ver se os franceses vão conseguir resistir...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tirando a poeira…

Acho que este blog nunca esteve tão abandonado – nenhum post desde o dia 17 de julho, quase 3 meses! Muita gente deve estar achando que eu desisti de vez de escrever por aqui… mas não, é só questão de (falta de) organização mesmo!

O que aconteceu durante estes 3 meses? Muita coisa! Julho e agosto são os meses de férias de verão aqui na França. Na minha empresa (e na grande maioria das empresas francesas, na verdade), tem coletivas nesta época (3 ou 4 semanas), então todo mundo sai de férias mais ou menos ao mesmo tempo, entre o final de julho e agosto. Os últimos dias de julho acabam sendo uma fase no trabalho onde você tem 40 milhões de coisas para fazer, todo mundo querendo resolver tudo-ao-mesmo-tempo-agora antes de sair de férias. Lógico que não dá, né, mas você trabalha feito louco tentando. Mas o bom é que no dia marcado para as férias, mesmo com um monte de coisa não resolvida, rola um botão “pausa”: você enfia tudo na gaveta e vai embora feliz e saltitante aproveitar o verão.
A primeira parte das nossas férias foi em La Palmyre, cidade litorânea aqui na França onde a família do Clément tem uma casinha simpática. Passamos uma semaninha por lá, com os pais dele e com a nossa sobrinha, descansando, passeando, aproveitando a praia, fazendo churrasco. Demos sorte, porque na semana anterior o tempo estava feio, e nós só pegamos um dia de chuva.

Depois disso, voltamos a Paris, desarrumamos as malas, arrumamos de novo e... Brasil! Foram 2 semanas e meia na terrinha, muito corridas, mas que valeram muito a pena. Além de aproveitar para rever família e amigos, realizamos um desejo antigo e conhecemos os Lençois Maranhenses, 10 dias entre São Luís e Jericoacoara. Em terras paulistas, rolou lasanha da vovó, buraco quente com os primos, feijoada da mamãe, encontros com amigos queridos... Tanta coisa boa que não dava vontade de vir embora!

Mas viemos, e logo após o desembarque no Charles de Gaulle, viemos direto para o trabalho! A primeira semana até que foi sossegada, ainda tinha muita gente de férias, todo mundo num ritmo mais leve... Mas na última semana de agosto, pronto! Lembra daquele botão “pausa” apertado no final de julho? Pois é, apertou-se o “play”, e aquele monte de coisas voltou à toda, e ainda ganhando a companhia de todos os novos assuntos da fase final do ano. As semanas de trabalho estão bem complicadas e longas...

No pouco tempo livre e nos finais de semana, várias coisinhas: teve aula de culinária a 4 mãos, presente que havíamos ganhado dos amigos nos nossos aniversários, em junho. Almoço com os cunhados e a sobrinha. Pequena viagem à Espanha para encontrar amigas (brasileiras!) queridas que estavam passeando por aquelas bandas. Visita aos sogros na Normandia. Fim-de-semana como babá da sobrinha. Visita à avó do Clément, no interiorrrrr. Visita aos amigos e passeios mil para aproveitar o “restinho” de clima agradável que ainda resta(va). Jogos da Copa de Mundo de rugby. Comecei a fazer aula de tênis.

E por aí vai... tanta coisa acontecendo, que o tempo andou um pouco curto para escrever por aqui. (E a preguiça andou um tanto grande, né, eu admito). Mas agora que o tempo está esfriando, (acho que) vou parar de saracutear para todo lado e aí vou colocar as coisas em ordem no blog. Várias ideias de posts apareceram durante estes 3 meses, vou tentar publicar aos poucos. Então, em breve neste pequeno blog:

- um típico churrasco francês
- os Lençois Maranhenses
- Sevilla, Córdoba e Granada
- aula de culinária
- rugby

E é claro, a “programação normal” : dicas de restaurante, receitas, comentários sobre o dia-a-dia na França e qualquer outra bobagem que me der na telha! :-)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...